O segundo risco de alto impacto é um cessar-fogo na Ucrânia que legitime os ganhos territoriais de Moscovo, o que ameaçaria diretamente a segurança da UE e a soberania ucraniana.

No entanto, o risco estrutural mais profundo reside na deterioração da relação transatlântica.

Uma retirada dos EUA enquanto garante da defesa europeia é descrita como tão impactante quanto o uso de armas nucleares pela Rússia, mas significativamente mais provável, expondo uma vulnerabilidade fundamental na arquitetura de segurança do continente.

O relatório também monitoriza outras ameaças, como um conflito militar entre a China e Taiwan, que teria um impacto elevado sobre as cadeias comerciais europeias.

A autora do estudo, Veronica Anghel, sublinha que, num momento em que os EUA deixam de ver a UE como parceiro prioritário, "os europeus terão de planear a sua defesa com base no seu próprio mapa de riscos e não depender exclusivamente da proteção externa".