O documento oficial descreve o continente europeu como “fraco” e “decadente”, prevendo um “apagamento civilizacional” e sinalizando uma profunda viragem na política externa norte-americana, que inclui uma potencial interferência nos assuntos internos da UE.
O documento critica duramente as políticas migratórias europeias, a alegada censura e a perda de identidade nacional, ecoando, segundo o Politico, “a teoria da conspiração racista da ‘grande substituição’”.
A estratégia vai mais longe ao afirmar que os EUA devem encorajar os “seus aliados políticos na Europa para promover este revivalismo de espírito”, numa referência a “partidos europeus patriotas”.
Esta postura foi interpretada em Bruxelas como uma ameaça direta.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, declarou que a Europa não pode aceitar uma “ameaça de interferência na sua vida política”, sublinhando que “os Estados Unidos não podem substituir os cidadãos europeus na escolha de quais são os bons partidos e os maus partidos”.
Ursula von der Leyen reforçou esta posição, afirmando que “ninguém deve interferir” na democracia europeia.
A nova doutrina está também a causar divisões entre os partidos de extrema-direita na Europa: enquanto o AfD na Alemanha aplaudiu o documento, o Reunião Nacional de Marine Le Pen em França criticou a retórica de Trump, que, segundo Thierry Mariani, trata a Europa “como uma colónia”.














