O pacto, que visa criar uma das maiores zonas de livre comércio do mundo, abrangendo 780 milhões de pessoas e 25% da economia global, está a gerar profundas divisões entre os Estados-membros.
A Comissão Europeia espera obter o aval dos países para a assinatura do acordo a 20 de dezembro, no Brasil.
Uma maioria de Estados-membros, incluindo Portugal, Espanha, Alemanha, Itália e Países Baixos, apoia a ratificação, destacando os benefícios económicos e geopolíticos.
No entanto, a oposição é forte, liderada pela França e pela Polónia, que expressam sérias preocupações com o impacto da concorrência sobre os seus setores agrícolas e com as questões ambientais.
Para mitigar estes receios, a Comissão de Comércio Internacional do Parlamento Europeu aprovou salvaguardas para proteger os agricultores da UE, como a possibilidade de suspender tarifas preferenciais se as importações do Mercosul prejudicarem os produtores europeus. O acordo necessita de uma maioria qualificada no Conselho (pelo menos 15 dos 27 países, representando 65% da população da UE) e do aval do Parlamento Europeu para avançar, tornando a posição de países como a Itália decisiva. A conclusão do acordo é vista como um passo estratégico para reforçar a cooperação geopolítica e económica entre os dois blocos.














