Esta decisão alinha a Chéquia com outros Estados-membros céticos, como a Hungria e a Eslováquia, e representa um novo e significativo desafio à unidade da União Europeia no seu apoio a Kiev.

Numa declaração forte, Babis afirmou: “Não temos dinheiro para outros países.

A União Europeia tem de resolver isto de outra forma, mas não vamos garantir nada nem dar-lhes dinheiro”. Acrescentou ainda que “a Comissão Europeia tem de encontrar outras formas de financiar a Ucrânia”, pois o seu governo precisa de dinheiro “para os cidadãos checos”.

Esta viragem política, após a vitória expressiva do seu partido ANO nas eleições, foi duramente criticada internamente.

O seu antecessor, Petr Fiala, classificou a decisão como “egoísta” e “irresponsável”, alertando que esta “ameaça não só a segurança da República Checa, mas também a sua prosperidade”.

O ministro para os Assuntos Europeus, Martin Dvorák, lamentou a mudança para uma política externa de “cobardia, egoísmo e irresponsabilidade”. A posição de Babis, que já tinha sido primeiro-ministro entre 2017 e 2021, aumenta a pressão sobre Bruxelas para encontrar mecanismos de financiamento para a Ucrânia que não dependam do apoio unânime dos 27, reforçando a importância de soluções como a utilização dos ativos russos congelados.