Os Estados-membros da União Europeia alcançaram um acordo crucial sobre as regras que definem países terceiros como seguros para o retorno de migrantes a quem foi negado asilo. Esta medida, juntamente com a criação de um novo fundo de solidariedade, constitui um pilar fundamental do novo Pacto sobre Migração e Asilo do bloco, que visa reformar a gestão dos fluxos migratórios. A nova legislação permite que os Estados-membros apliquem um procedimento acelerado aos requerentes de asilo provenientes de países considerados seguros, podendo realizá-lo diretamente na fronteira. A lista de países seguros inclui os candidatos à adesão à UE, bem como nações como Bangladeche, Colômbia, Egito, Marrocos e Tunísia.
O acordo estipula que pode ser aplicado quando existe uma ligação entre o requerente e o país terceiro, ou se a pessoa passou em trânsito por esse país.
Crucialmente, o pacto também estabelece um mecanismo de solidariedade para aliviar a pressão sobre os países da linha da frente, como Chipre, Grécia, Itália e Espanha.
Para 2026, o número de referência foi fixado em 21 mil relocalizações ou, como alternativa, 420 milhões de euros em contribuições financeiras.
Cada Estado-membro pode escolher o tipo de solidariedade que presta, num sistema que procura equilibrar responsabilidade e flexibilidade.
Em resumoA UE avançou significativamente na sua reforma migratória ao acordar regras comuns para o retorno de migrantes para países terceiros seguros e ao estabelecer um mecanismo de solidariedade obrigatória. Estas medidas visam criar um sistema mais eficiente e equitativo para gerir a migração, embora a sua implementação, prevista para 2026, continue a ser um desafio.