Esta via rápida, embora politicamente significativa, enfrenta enormes desafios técnicos e o persistente veto da Hungria.

A proposta de adesão acelerada, noticiada pelo Financial Times, obrigaria Bruxelas a repensar todo o processo de alargamento, tradicionalmente baseado no mérito e no cumprimento gradual de critérios.

Atualmente, Kiev não concluiu formalmente nenhum dos capítulos de negociação.

A alta representante Kaja Kallas considerou a data como “especulação”, sublinhando que o processo será baseado no mérito.

Para facilitar o caminho, ministros da UE reuniram-se em Lviv, na Ucrânia, onde acordaram um plano de ação de dez pontos para acelerar reformas essenciais, focadas no reforço do Estado de direito e no combate à corrupção. A comissária para o Alargamento, Marta Kos, afirmou que a adesão da Ucrânia é “inevitável” e uma “âncora de garantias de segurança”.

No entanto, o principal obstáculo político continua a ser a Hungria, que bloqueia o início formal das negociações, alegando preocupações com os direitos da minoria húngara na Ucrânia.

Apesar do veto, os restantes 26 Estados-membros procuram avançar com o trabalho técnico, mantendo a perspetiva de adesão como um “investimento geopolítico” e um pilar da futura arquitetura de segurança europeia.