Em paralelo, a Comissão Europeia procura reforçar os instrumentos legais para desmantelar as redes de tráfico humano. Portugal votou contra o Mecanismo de Solidariedade proposto pela Comissão para realojar 21 mil refugiados, argumentando que os dados utilizados não refletem a situação atual do país, que deixou de ser apenas um país de destino final para ser também um ponto de movimentos secundários.
O governo português afirma estar a articular com Bruxelas uma adaptação que reconheça esta nova realidade.
A gestão migratória será também uma das “grandes prioridades” da presidência cipriota do Conselho da UE, que se inicia em janeiro, dado que Chipre é um dos países com maior pressão migratória.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sublinhou a necessidade de “instrumentos legais mais fortes para desmantelar este negócio criminoso” do tráfico de pessoas, destacando que a maioria das viagens perigosas é publicitada online. A implementação total do Pacto, prevista para o próximo ano, visa criar um quadro mais coeso, mas a sua eficácia dependerá da capacidade de os Estados-membros chegarem a acordo sobre a partilha de responsabilidades e da luta contra as redes criminosas que exploram os migrantes.














