Relatórios como o de Mario Draghi apelam a uma "mudança radical" para evitar o declínio, focando-se na integração dos mercados de capitais e na criação de "campeões europeus".

Quinze anos atrás, a economia da UE era 15% superior à dos EUA; hoje, é 25% mais pequena.

Este declínio, atribuído a um défice de inovação e a um crescimento mais lento da produtividade, levou a Comissão Europeia a encomendar relatórios a figuras como Mario Draghi e Enrico Letta para encontrar soluções.

As recomendações centram-se em menos regulamentação, maior integração do mercado único, mais projetos de investimento conjuntos e, crucialmente, uma união dos mercados de capitais para mobilizar o financiamento necessário. A necessidade de criar “campeões europeus” capazes de competir globalmente é um tema recorrente. No entanto, a concretização desta visão enfrenta obstáculos, como demonstra a tentativa do banco francês BPCE de se expandir através de fusões, que encontrou resistência do governo italiano preocupado com a soberania financeira. A história da recuperação da Grécia, que passou da beira do “Grexit” para a presidência do Eurogrupo, é apresentada como um caso de sucesso da disciplina fiscal e da resiliência, mas o desafio para o bloco como um todo é mais vasto.

A turbulência nas relações comerciais com os EUA sob a administração Trump, que resultou num acordo desvantajoso para a UE em 2025, sublinha ainda mais a urgência de a Europa reforçar a sua autonomia estratégica, não apenas na defesa, mas também na esfera económica.