Ambos os países expressaram preocupações com o impacto do aumento das importações sul-americanas nos seus setores agrícolas.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, considerou "prematuro" assinar o acordo antes de finalizar medidas de proteção para os agricultores, uma posição alinhada com a de Paris, que pediu formalmente o adiamento da assinatura. Esta resistência surge mesmo depois de o Parlamento Europeu ter aprovado cláusulas de salvaguarda adicionais para proteger os produtores europeus.

Em Bruxelas, milhares de agricultores manifestaram-se contra o acordo e contra cortes na Política Agrícola Comum (PAC).

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, considerou que "será imperdoável se não conseguirmos consumar um acordo que demorou 25 anos a estabelecer-se". A situação é agravada pelo ultimato do presidente brasileiro, Lula da Silva, que avisou que, se o pacto não for assinado agora, não haverá acordo durante a sua presidência.

A aprovação no Conselho Europeu requer uma maioria qualificada, tornando o voto de países como a Itália crucial para o desfecho.