As iniciativas incluem a criação de um "Schengen Militar" para facilitar a mobilidade de tropas e um forte aumento do investimento no setor. O Parlamento Europeu aprovou uma resolução que apoia a criação de um "espaço Schengen militar", apelando "à eliminação das fronteiras internas para a movimentação de tropas e equipamento militar em toda a União Europeia". A proposta visa simplificar procedimentos administrativos e modernizar infraestruturas críticas como estradas, pontes e caminhos-de-ferro para permitir uma rápida movimentação transfronteiriça, algo que atualmente pode demorar mais de um mês. A Comissão Europeia propõe um aumento do orçamento para a mobilidade militar para mais de 17 mil milhões de euros no próximo quadro financeiro. Paralelamente, o Parlamento aprovou o plano "ReArm Europe", que permite que fundos de programas da UE, como o Horizonte Europa e o Europa Digital, sejam direcionados para investimentos em tecnologias de duplo uso (civil e militar). Esta viragem estratégica é materializada por Estados-membros como a Alemanha, que aprovou uma verba de quase 50 mil milhões de euros para equipar as suas forças armadas, com o objetivo de construir o exército convencional "mais poderoso da Europa".
A urgência é partilhada pelos países da fronteira leste, com oito nações, incluindo Finlândia, Polónia e os Estados Bálticos, a declararem a defesa do flanco oriental como uma "prioridade imediata".














