O fracasso desta opção, que era a preferida pela Comissão Europeia, expôs profundas divisões, preocupações legais e pressões externas dentro do bloco.
A principal barreira à proposta foi a firme oposição da Bélgica, onde a maior parte dos ativos está depositada na câmara de compensação Euroclear. O governo belga exigiu garantias claras dos restantes 26 Estados-membros para se proteger juridicamente de futuras ações judiciais e financeiras por parte da Rússia.
O primeiro-ministro belga, Bart de Wever, sublinhou que o seu país não arcaria sozinho com os riscos.
A esta oposição juntaram-se outros países, como a Hungria, cujo primeiro-ministro, Viktor Orbán, classificou a medida como um passo em direção à guerra, afirmando: "Usar o dinheiro [congelado na UE] significa guerra".
Itália também expressou reservas, exigindo que qualquer solução respeitasse a legalidade e a estabilidade financeira.
A situação foi agravada por alegações de um alto dirigente ucraniano de que a administração norte-americana estaria a pressionar os países europeus para abandonarem a ideia. Em reação, o Presidente russo, Vladimir Putin, advertiu que os europeus "terão de devolver o que foi roubado", descrevendo a iniciativa como um "assalto".
O chanceler alemão, Friedrich Merz, lamentou o impasse, afirmando que a credibilidade da UE ficaria afetada durante anos se não houvesse acordo.














