A medida visa proteger a segurança energética da UE da "instrumentalização operada pela Federação da Rússia" e representa uma mudança estrutural na política energética do bloco. A nova legislação estabelece um calendário claro para o fim da dependência energética de Moscovo.
As importações de gás natural liquefeito (GNL) russo adquirido no mercado à vista serão proibidas a partir do início de 2026, enquanto o gás fornecido por gasoduto será progressivamente eliminado até 30 de setembro de 2027. Adicionalmente, os contratos de longo prazo para importação de gás russo serão proibidos até 1 de novembro de 2027. O Comissário Europeu para a Energia, Dan Jørgensen, descreveu a decisão como "histórica" e irreversível, afirmando que "mesmo que haja paz [na Ucrânia], é um não para sempre, não vamos importar uma só molécula de gás, não nos podemos dar ao luxo de repetir os erros do passado". Esta medida constitui uma das respostas mais contundentes da UE à invasão da Ucrânia, procurando privar a Rússia de uma importante fonte de receita e impedir que o fornecimento de energia seja novamente utilizado como arma política.














