Contudo, esta via enfrentou a oposição intransigente da Bélgica, onde se encontra a maior parte desses fundos (185 mil milhões na Euroclear), que temia os riscos jurídicos e financeiros.
O primeiro-ministro belga, Bart de Wever, exigiu garantias ilimitadas, uma posição que inviabilizou o consenso.
A Hungria, através de Viktor Orbán, também se opôs, classificando a medida como um passo para a guerra.
O impasse representou um revés político para von der Leyen e Merz.
Perante o bloqueio, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, ativou o "plano B": a emissão de dívida conjunta garantida pelo orçamento comunitário.
Esta solução, embora exigisse unanimidade, foi alcançada através de um mecanismo de cooperação reforçada, que permitiu à Hungria, Eslováquia e República Checa absterem-se sem exercer o poder de veto.
António Costa sublinhou que o apoio é "crucial para alcançar uma paz justa" e que "a Ucrânia apenas vai pagar este empréstimo quando a Rússia pagar as reparações".
A decisão foi saudada por Kiev, mas criticada por Moscovo.
Vladimir Putin celebrou o recuo europeu sobre os seus ativos, que classificou como uma tentativa de "roubo", e advertiu que os europeus teriam de devolver "o que foi roubado".














