Bruxelas reafirmou o seu apoio inequívoco à soberania e integridade territorial dinamarquesa, considerando a iniciativa dos EUA uma matéria sensível que exige respeito pelo direito internacional.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, justificou o interesse na Gronelândia por razões de "segurança nacional", criticando a Dinamarca por "não ter um exército" e por "não investir nada" no território.
A nomeação de Jeff Landry, governador da Louisiana, que no passado defendeu a integração da Gronelândia nos EUA, foi o catalisador da crise.
O ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, classificou a decisão como "totalmente inaceitável" e anunciou a convocação do embaixador dos EUA em Copenhaga.
Em resposta, os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, emitiram uma posição conjunta, afirmando: "A integridade territorial e a soberania são princípios fundamentais do Direito internacional. Estes princípios são essenciais não só para a União Europeia, mas também para todas as nações do mundo". Sublinharam ainda que a segurança do Ártico é uma prioridade estratégica para a UE.
A Gronelândia, um território autónomo dinamarquês com cerca de 57 mil habitantes, possui um estatuto que reconhece o direito à autodeterminação, mas sondagens recentes indicam uma clara rejeição a uma eventual anexação aos Estados Unidos.
A Dinamarca, por sua vez, tem aumentado os investimentos militares e económicos na região para consolidar a sua presença.














