A medida, que proíbe a entrada dos visados nos Estados Unidos, gerou uma forte condenação por parte da França e evidencia a crescente tensão transatlântica sobre a soberania digital.
O Departamento de Estado dos EUA justificou as sanções afirmando que as ações dos europeus "equivalem a censura em detrimento dos interesses norte-americanos". O secretário de Estado, Marco Rubio, declarou que "a administração Trump não tolerará mais estes atos flagrantes de censura extraterritorial", referindo-se aos esforços europeus para "coagir as plataformas americanas a punir pontos de vista americanos a que se opõem". Além de Breton, foram sancionados representantes de organizações não-governamentais que combatem a desinformação e o discurso de ódio online. A ofensiva da Casa Branca visa diretamente as normas da União Europeia, como o Regulamento dos Serviços Digitais (DSA), que impõem obrigações às plataformas digitais no que diz respeito à moderação de conteúdos problemáticos. A França reagiu veementemente, com o ministro Jean-Noël Barrot a sublinhar que "os povos da Europa são livres e soberanos e não podem ter as regras que regem o seu espaço digital impostas por outros".
A UE possui a estrutura jurídica mais robusta do mundo para a regulação das atividades digitais, um facto que a administração Trump parece ver como uma ameaça direta aos seus interesses económicos e ideológicos, prometendo expandir a lista de sancionados se outros não "mudarem de posição".














