Além da renovação das medidas existentes, que abrangem setores como energia e bens de luxo, o bloco intensificou o cerco ao sancionar mais 41 navios da chamada "frota fantasma" russa.
Esta nova ronda de sanções eleva para perto de seiscentas as embarcações penalizadas por ajudarem a Rússia a contornar as restrições ocidentais, especialmente na exportação de petróleo. Os navios visados ficam proibidos de entrar em portos da UE e perdem o acesso a serviços essenciais de apoio logístico, técnico e financeiro. A medida visa dificultar a capacidade de Moscovo de escoar o seu petróleo para mercados como a Índia e a China, uma estratégia que tem permitido ao Kremlin manter receitas cruciais para o financiamento da guerra.
A decisão de prolongar as sanções foi justificada pela falta de progressos concretos no terreno. Analistas sublinham que, sem sinais credíveis de negociação por parte de Moscovo, Bruxelas não tem margem política para alterar a sua posição. Para além dos navios, a UE sancionou também dois novos responsáveis russos, o juiz Dmitry Gordeev e a procuradora Lyudmila Balandina, por violações dos direitos humanos e repressão da oposição, e dois comerciantes de petróleo acusados de facilitar a evasão às sanções sobre o crude. Com este 19.º pacote de sanções, a UE procura fechar mais vias utilizadas pela Rússia para mitigar o impacto económico das restrições e sustentar o seu esforço de guerra.














