A medida, justificada por Washington como uma resposta à "censura extraterritorial", desencadeou uma forte condenação por parte da União Europeia, que defende a sua soberania regulatória.
A administração do Presidente Donald Trump proibiu a entrada em território norte-americano do ex-comissário para o Mercado Interno, Thierry Breton, e de quatro ativistas de organizações não-governamentais que combatem a desinformação: Imran Ahmed, Clare Melford, Anna-Lena von Hodenberg e Josephine Ballon. A justificação, apresentada pelo secretário de Estado Marco Rubio, é que estes indivíduos lideraram "esforços organizados para coagir as plataformas americanas a punir pontos de vista americanos a que se opõem". Esta ação representa o culminar de uma ofensiva de Washington contra a Lei dos Serviços Digitais (DSA) da UE, que impõe obrigações às plataformas sobre a moderação de conteúdos problemáticos, como o discurso de ódio.
A resposta europeia foi unânime e veemente.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que "a liberdade de expressão é o pilar da nossa forte e vibrante democracia europeia", garantindo que a Comissão, como "guardiã dos nossos valores", irá protegê-la. A Comissão Europeia condenou a decisão, solicitou esclarecimentos a Washington e advertiu que, se necessário, responderá "de forma rápida e decisiva para defender a sua autonomia regulatória contra medidas injustificadas".
Vários líderes europeus, incluindo o Presidente francês Emmanuel Macron, juntaram-se às críticas, acusando os EUA de "intimidação e coerção destinadas a minar a soberania digital europeia".
A Alemanha, Espanha e o Reino Unido também manifestaram o seu descontentamento, solidificando uma frente comum europeia em defesa do seu direito de regular o espaço digital.














