A França e a Itália lideram a oposição, levantando preocupações sobre o impacto do acordo nos seus setores agrícolas e gerando desapontamento nos países sul-americanos.
Após 26 anos de negociações, o acordo, que criaria um mercado de 780 milhões de pessoas e abrangeria 25% da economia global, enfrenta um obstáculo final.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tinha planeado uma deslocação ao Brasil para a assinatura oficial, mas a viagem foi cancelada.
A oposição de Paris e Roma forçou o adiamento, enquanto se aguarda uma decisão por maioria qualificada no Conselho da UE.
As preocupações centram-se na potencial concorrência desleal para os agricultores europeus, apesar de o Parlamento Europeu e o Conselho terem aprovado recentemente cláusulas de salvaguarda para proteger os setores mais sensíveis. A Comissão Europeia reiterou o seu compromisso em fechar o acordo "o mais rapidamente possível", destacando os benefícios económicos, como a poupança de quatro mil milhões de euros em direitos de exportação anuais para empresas da UE e a proteção de mais de 350 produtos europeus com indicação geográfica. Do lado do Mercosul, a Cimeira de Líderes expressou "desapontamento" com a hesitação europeia.
Numa carta a von der Leyen, os líderes sul-americanos reafirmaram o seu "firme compromisso" em assinar o acordo no início de janeiro.
O Presidente do Paraguai, Santiago Peña, instou o bloco a não esperar indefinidamente pela UE e a avançar com outros acordos comerciais.














