A nomeação e as declarações de Trump sobre a necessidade de os EUA adquirirem o território por razões de segurança nacional geraram uma forte reação em Copenhaga e Bruxelas. O Presidente Trump reiterou o seu interesse na Gronelândia, afirmando que os EUA "precisam dela para proteção nacional" e criticando a Dinamarca por "não ter um exército".

A tensão diplomática intensificou-se com a nomeação de Jeff Landry, governador da Louisiana, como enviado especial, que no passado defendeu a integração do território nos Estados Unidos.

O governo dinamarquês classificou a medida como "totalmente inaceitável" e anunciou que iria convocar o embaixador norte-americano para prestar esclarecimentos.

Em resposta, os líderes da UE tomaram uma posição conjunta. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manifestaram "total solidariedade com a Dinamarca e o povo da Gronelândia" através da rede social X. Sublinharam que "a integridade territorial e a soberania são princípios fundamentais do Direito internacional" e que a segurança no Ártico é uma prioridade estratégica para o bloco, devendo ser tratada em cooperação com os aliados.

A Gronelândia, um território autónomo dinamarquês com cerca de 57 mil habitantes, possui um estatuto de autonomia alargada desde 2010, mas depende financeiramente de Copenhaga.

As autoridades locais e a população têm rejeitado consistentemente a ideia de uma anexação aos EUA.