A situação é considerada crítica, com os pedidos de refúgio a atingirem níveis não vistos desde 2023, agravando a já catastrófica situação demográfica da Ucrânia.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, pediu diretamente ao presidente Volodymyr Zelensky que impedisse o êxodo de jovens, afirmando que "são necessários no seu próprio país".
A Alemanha acolheu cerca de 1,2 milhões de refugiados, enquanto a Polónia recebeu quase 1,6 milhões.
O aumento recente é parcialmente atribuído a um decreto de agosto que permitiu a saída de homens entre 18 e 22 anos para prosseguirem estudos no estrangeiro, uma medida que muitos jovens aproveitaram para evitar o alistamento militar. A Comissão Europeia confirmou que os pedidos de refúgio de ucranianos dispararam no outono. Desde o início da invasão russa em 2022, a Ucrânia perdeu mais de nove milhões de habitantes, correspondendo a 21% da sua população, segundo o FMI.
O êxodo de jovens e famílias com crianças representa um sério risco para a reconstrução do país a longo prazo.
Especialistas em demografia estimam que apenas cerca de 30% dos expatriados deverão regressar, um número significativamente inferior às projeções iniciais.
A situação coloca uma enorme pressão sobre os sistemas sociais dos países de acolhimento e levanta questões sobre o futuro da Ucrânia, que enfrenta uma grave crise populacional para além do desafio militar.














