A medida reflete a crescente deterioração das relações entre Moscovo e Berlim, num contexto de acusações mútuas e tensões relacionadas com a guerra na Ucrânia.
A porta-voz do ministério, Maria Zakharova, justificou a recomendação alegando que a Alemanha não respeita os direitos dos cidadãos russos. Embora não tenha especificado os problemas, a diplomata fez uma alusão histórica, lembrando que "na história da Alemanha houve momentos" em que manifestações nacionalistas foram vistas como "uma espécie de norma", o que "conduziu a uma catástrofe global".
Este aviso surge pouco depois de o governo alemão ter convocado o embaixador russo em Berlim. Os serviços secretos germânicos atribuíram à Rússia um ciberataque contra o controlo de tráfego aéreo em 2024 e uma campanha de desinformação antes das eleições gerais de fevereiro de 2025. Além disso, o chanceler alemão, Friedrich Merz, comparou recentemente a política de Vladimir Putin à de Adolf Hitler em 1938, alertando que o presidente russo não parará na Ucrânia.
A recomendação de viagem é mais um sinal do aprofundamento do fosso diplomático entre a Rússia e um dos principais Estados-membros da União Europeia, indicando que as relações bilaterais estão no seu ponto mais baixo desde o fim da Guerra Fria.














