A reunião, marcada para domingo no resort de golfe de Trump em Turnberry, na Escócia, é vista como um encontro decisivo para evitar uma escalada na guerra comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia. Em cima da mesa estão as tarifas que os EUA pretendem impor a Bruxelas, nomeadamente sobre aço, alumínio e automóveis. A UE, por sua vez, preparou uma lista de contramedidas no valor de 93 mil milhões de euros, a aplicar a partir de 7 de agosto, caso não se chegue a um acordo. O prazo final para um entendimento é 1 de agosto. Apesar da tensão, Donald Trump manifestou um otimismo cauteloso, atribuindo uma probabilidade de "50-50" a um desfecho positivo, enquanto especialistas em política norte-americana, como Nuno Gouveia, veem o otimismo do presidente como "um sinal de que o acordo pode estar próximo". Analistas como Bernardo Valente sublinham que ambas as partes perceberam que uma disputa comercial prolongada é insustentável, especialmente para setores interdependentes como a indústria automóvel. A viagem de von der Leyen insere-se numa deslocação pessoal de quatro dias de Trump ao Reino Unido, durante a qual também se encontrará com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
