O acordo, no entanto, gerou reações díspares na Europa. Enquanto a Comissão Europeia, através do comissário Maroš Šefčovič, o descreveu como “o melhor acordo que poderíamos obter em circunstâncias muito difíceis”, e líderes como Luís Montenegro o consideraram um passo para a “previsibilidade e estabilidade”, outras vozes foram abertamente críticas. O primeiro-ministro francês, François Bayrou, classificou-o como um “dia sombrio” em que a Europa “se resigna à submissão”. De forma mais contundente, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, afirmou que “Trump comeu Ursula ao pequeno-almoço”. O pacto implica ainda compromissos significativos por parte da União Europeia, nomeadamente a compra de 750 mil milhões de dólares em energia e um investimento de 600 mil milhões nos EUA, para além do aumento da aquisição de equipamento militar americano. Em Portugal, figuras como Pedro Nuno Santos e o PCP criticaram o acordo como uma “colossal derrota” e uma “abdicação” da UE aos interesses norte-americanos.
