O acordo, alcançado após negociações intensas entre Trump e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, não se limita às tarifas.
Prevê também um compromisso europeu para a compra de 750 mil milhões de dólares em energia norte-americana, um investimento adicional de 600 mil milhões de dólares nos EUA e um aumento na aquisição de material militar americano. Do lado de Trump, o pacto foi enquadrado como um sucesso da sua política 'Make America Great Again'.
Numa publicação na sua rede social Truth Social, afirmou que "a maré virou completamente" e que os EUA conseguiram reverter o défice comercial. Esta perspetiva contrasta com a visão de alguns quadrantes europeus, que veem o acordo como uma "rendição" ou uma "capitulação", como descreveu o ex-secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que considerou que a UE saiu "humilhada".
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, admitiu que o acordo será "muito exigente para a Europa", mas considerou-o "o resultado possível" para evitar um cenário pior.
A isenção de setores estratégicos como semicondutores e componentes aeroespaciais foi um dos pontos positivos salientados, mas o sacrifício do setor agroalimentar e a ausência de reciprocidade tarifária por parte dos EUA são vistos como concessões significativas que demonstram a atual assimetria de poder nas relações transatlânticas.