Esta posição insere-se na sua conhecida estratégia de utilizar as tarifas e a política comercial como ferramentas de pressão para influenciar a política externa dos seus parceiros, ligando diretamente as suas decisões diplomáticas aos interesses comerciais dos EUA.
A reação de Trump foi expressa através da sua plataforma Truth Social, onde escreveu: "O Canadá acaba de anunciar que apoia um Estado palestiniano.
Vai ser muito difícil para nós concluirmos um acordo comercial com eles.
Ó Canadá!!!!".
O presidente norte-americano enquadrou ainda a decisão do governo de Mark Carney como uma "recompensa para o Hamas", afirmando que não está nesse "campo".
A medida canadiana surge num momento de crescente pressão internacional sobre Israel devido à crise humanitária em Gaza, com vários países a considerarem o reconhecimento da Palestina um passo necessário para a solução de dois Estados. A ameaça de Trump ao Canadá, um dos seus maiores parceiros comerciais, demonstra a sua disposição para usar o poder económico americano de forma assertiva, mesmo contra aliados próximos, para impor a sua agenda de política externa, particularmente no que diz respeito ao conflito israelo-palestiniano, onde mantém um apoio firme a Israel.