As medidas foram justificadas pela Casa Branca como uma resposta à "ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional" dos EUA, citando a alegada "perseguição política" ao ex-presidente Jair Bolsonaro e decisões judiciais brasileiras sobre a responsabilidade das plataformas digitais.
O decreto assinado por Trump acusa o sistema judicial brasileiro de conduzir uma "caça às bruxas ilegal" contra Bolsonaro e os seus apoiantes, considerando-a uma violação de direitos humanos. A sanção ao juiz Moraes, que bloqueia os seus bens nos EUA e proíbe transações com cidadãos americanos, foi justificada pelo seu papel como relator do processo de tentativa de golpe de Estado envolvendo Bolsonaro.
A reação do Brasil foi imediata e contundente.
O Presidente Lula da Silva classificou a ação como uma "interferência inaceitável do governo norte-americano na Justiça brasileira" e manifestou solidariedade com o juiz, afirmando que a motivação política das medidas "atenta contra a soberania nacional".
O episódio é agravado pela atividade de 'lobbying' nos EUA por parte de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, que tem defendido abertamente a imposição de sanções contra o seu próprio país. Este confronto direto entre as administrações Trump e Lula da Silva eleva a tensão bilateral a um novo patamar, onde a política comercial é usada como instrumento de pressão em assuntos de política interna e judicial de uma nação soberana.