A medida é acompanhada pela ameaça de novas sanções e tarifas secundárias contra os importadores de petróleo russo.
A ofensiva diplomática de Trump foi marcada por uma retórica dura, com o presidente a descrever os recentes ataques russos a Kiev como “repugnantes”.
O ultimato, inicialmente de 50 dias e depois encurtado para 10, exige que a Rússia chegue a um acordo com a Ucrânia antes do prazo final para evitar novas penalizações económicas.
A resposta de Moscovo foi mista.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, classificou as negociações com os EUA como “muito úteis”, afirmando que a insistência de Trump levou Kiev a aceitar a retoma das negociações. No entanto, o próprio Putin manteve-se em silêncio sobre o ultimato, embora tenha avaliado positivamente as negociações de paz, reafirmando que as suas condições para um acordo permanecem inalteradas.
Comentadores políticos analisam o “percurso errático” de Trump em relação a Putin, que oscila entre ultimatos e uma postura mais permissiva. A comentadora Cátia Moreira de Carvalho aconselhou a que se aproveitasse o aparente apoio de Trump à Ucrânia, “porque nunca sabemos com ele o que pode vir a seguir”, refletindo a imprevisibilidade da política externa da sua administração.