Enviado especial de Trump visita Gaza para avaliar crise humanitária
A administração Trump enviou o seu enviado especial para o Médio Oriente, Steve Witkoff, à Faixa de Gaza para avaliar a crise humanitária e desenvolver um plano de ajuda. A visita incluiu uma inspeção a um centro de distribuição de alimentos e um encontro com familiares de reféns israelitas em Telavive. A visita de Witkoff, a primeira de um enviado da Casa Branca desde o início da guerra, durou mais de cinco horas. O objetivo, segundo o próprio, foi “proporcionar ao Presidente Donald Trump uma compreensão clara da situação humanitária e desenvolver um plano para entregar alimentos e ajuda médica aos residentes de Gaza”. A sua deslocação centrou-se num centro de distribuição da Fundação Humanitária de Gaza (FHG), uma entidade apoiada pelos EUA e Israel que tem sido alvo de fortes críticas por parte de organizações humanitárias e da ONU, que a consideram insuficiente e associada a episódios de violência. A visita foi descrita por alguns como uma manobra de propaganda para desviar a atenção do apoio dos EUA à campanha militar israelita.
Para além da visita a Gaza, Witkoff reuniu-se na “praça dos reféns” em Telavive com familiares das 49 pessoas ainda detidas pelo Hamas.
No local, centenas de manifestantes apelavam “Tragam-nos já para casa!”. O encontro ocorreu num momento de forte comoção em Israel, após a divulgação de vídeos de reféns visivelmente debilitados, o que reacendeu o debate sobre a urgência de um acordo para a sua libertação.
Em resumoA visita do enviado especial de Trump a Gaza sinaliza um envolvimento direto dos EUA na crise humanitária, embora a sua eficácia seja questionada, dado que se centra em mecanismos de ajuda controversos e ocorre num contexto de negociações de cessar-fogo estagnadas.
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