Esta posição, que contrasta com a retórica por vezes ambígua do Presidente sobre o conflito, foi acompanhada por uma condenação veemente dos ataques russos a Kiev.
Trump descreveu o bombardeamento que vitimou 31 pessoas na capital ucraniana como "repugnante", ameaçando a Rússia com novas sanções caso o prazo, que expira a 8 de agosto, não fosse cumprido.
Esta abordagem gerou reações diversas.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, considerou as negociações com os EUA "muito úteis", sugerindo que a insistência de Trump teria levado a Ucrânia a retomar o diálogo.
No entanto, o próprio Putin declarou que as suas condições para a paz permaneciam inalteradas, minimizando o impacto do ultimato.
Analistas de política externa, como Cátia Moreira de Carvalho e Helena Ferro de Gouveia, descreveram a política de Trump como um "percurso errático", aconselhando os aliados a aproveitar o apoio momentâneo, mas a manterem-se cientes da sua imprevisibilidade. A combinação de um ultimato direto com a condenação de ataques específicos representa uma mudança tática na abordagem da Casa Branca, embora a sua eficácia e consistência a longo prazo permaneçam uma incógnita para a comunidade internacional.