Acordo Comercial com a União Europeia
No contexto da sua política de renegociação comercial, a administração Trump alcançou um acordo provisório com a União Europeia para a aplicação de novas tarifas aduaneiras. O acordo estabelece uma taxa de 15% sobre a maioria dos produtos europeus, uma redução significativa face à ameaça inicial de 30%, mas mantém uma tarifa punitiva de 50% sobre o aço e o alumínio. A negociação foi vista por Bruxelas como uma forma de garantir "estabilidade" e uma "posição mais competitiva" para os exportadores europeus, evitando o pior cenário de uma guerra comercial total. No entanto, o acordo não foi isento de críticas. Analistas como Vítor Corado Simões classificaram-no como um "mau acordo", enquanto outros apontaram para uma "capitulação" europeia, especialmente no que diz respeito a compromissos de compra de armamento norte-americano.
A perceção é que a UE, para evitar um conflito económico mais vasto, cedeu a pressões e aceitou termos que podem enfraquecer a sua autonomia estratégica.
Alguns comentadores sugerem mesmo que, ao criar atrito nas relações transatlânticas, Trump está a fazer o "maior favor estratégico à China".
O acordo reflete a abordagem transacional de Trump, onde a segurança económica e as alianças tradicionais são vistas como interdependentes e sujeitas a negociação constante, alterando a dinâmica das relações entre os EUA e os seus principais parceiros.
Em resumoO acordo comercial entre os EUA e a UE estabeleceu uma tarifa de 15%, evitando taxas mais altas, mas foi recebido com críticas mistas. Visto por Bruxelas como uma medida pragmática para garantir estabilidade, foi também interpretado por analistas como uma concessão que fragiliza a posição europeia e beneficia outras potências globais.
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