Esta escalada de ações combina diplomacia de alto risco com uma demonstração de força militar. A política externa norte-americana em relação ao conflito ucraniano sofreu uma viragem acentuada, com Donald Trump a impor um prazo até 8 de agosto para que a Rússia aceite uma trégua e inicie negociações de paz.
Caso o prazo não seja cumprido, Washington ameaça aplicar um novo pacote de sanções económicas, não só contra Moscovo, mas também contra os países que continuem a importar os seus recursos energéticos.
Esta nova postura mais dura coincide com uma aparente mudança do Kremlin, que, pela primeira vez em meses, admitiu a possibilidade de uma cimeira entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, algo que anteriormente rejeitava. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, sublinhou que "o presidente Putin não descarta que esse encontro seja possível depois da preparação ao nível de peritos".
Em paralelo, Trump enviou o seu representante especial, Steve Witkoff, a Moscovo para consultas.
A tensão foi elevada com o anúncio de Trump do envio de dois submarinos nucleares para "zonas apropriadas" em resposta a "comentários provocatórios" do ex-presidente russo Dmitry Medvedev. A manobra foi descrita pelo antigo conselheiro de segurança nacional de Trump, John Bolton, como "muito arriscada" e "imprudente".
Em resposta, o Kremlin apelou a que "toda a gente deve ter muito cuidado com o que diz sobre a questão nuclear", afirmando que "numa guerra nuclear não há vencedores".