Esta política assertiva visa usar o poder económico dos EUA para atingir objetivos geopolíticos, mas enfrenta forte resistência dos países visados.
A China rejeitou firmemente a exigência de Washington, afirmando que irá "sempre assegurar o seu fornecimento energético de acordo com os seus interesses nacionais" e que "a coerção e a pressão não terão qualquer efeito".
De forma semelhante, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, adotou um "tom desafiador", exortando a nação a comprar produtos locais, enquanto o seu governo sinalizou que continuaria a importar petróleo russo.
No caso do Brasil, Trump decretou uma tarifa de 50% sobre vários produtos, uma medida vista como retaliação pelas ações do Supremo Tribunal Federal contra o seu aliado político, Jair Bolsonaro.
O presidente brasileiro, Lula da Silva, manifestou-se "aberto ao diálogo", mas sublinhou que "quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e as suas instituições".
Esta abordagem de Trump, que liga diretamente a política comercial a questões de soberania e alinhamentos geopolíticos, tem gerado protestos e crises diplomáticas, testando a resiliência das relações internacionais e da economia global.