Escalada de Tensão com a Rússia: Ultimato sobre a Ucrânia e Movimentação de Submarinos Nucleares
A relação entre os Estados Unidos e a Rússia deteriorou-se significativamente, culminando numa série de ações e reações que elevam o risco de um confronto direto. O Presidente Donald Trump estabeleceu um prazo, que termina a 8 de agosto, para que Moscovo aceite um cessar-fogo na Ucrânia, ameaçando com a imposição de novas sanções em caso de incumprimento. Em resposta a declarações consideradas "idiotas e inflamatórias" pelo ex-presidente russo Dmitri Medvedev, que advertiu Washington de que a Rússia "não era Israel, nem tão pouco o Irão", Trump ordenou o reposicionamento de dois submarinos nucleares para "zonas apropriadas" perto do território russo, uma demonstração de força que o seu antigo conselheiro, John Bolton, classificou como "muito arriscada" e "imprudente". O Kremlin reagiu apelando à contenção, com o seu porta-voz, Dmitri Peskov, a sublinhar que "numa guerra nuclear não há vencedores" e a desvalorizar o papel de Medvedev, afirmando que a política externa é definida exclusivamente por Vladimir Putin.
Contudo, a resposta de Moscovo não se limitou à retórica.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo anunciou formalmente o abandono da moratória autoimposta sobre a instalação de mísseis de curto e médio alcance, que vigorava desde a saída do Tratado INF em 2019.
A diplomacia russa justificou a medida como uma resposta direta aos planos dos EUA e da NATO de instalar armamento semelhante na Europa e na Ásia-Pacífico, considerando estas ações uma "ameaça direta à segurança" da Rússia. A intensificação da diplomacia, com o envio de representantes especiais como Steve Witkoff a Moscovo, decorre neste cenário de pressão militar e abandono de tratados históricos, abrindo caminho para uma nova e perigosa corrida ao armamento.
Em resumoA presidência de Trump assiste a uma perigosa escalada com a Rússia, marcada por um ultimato sobre a Ucrânia, a movimentação de meios nucleares e o abandono formal por parte de Moscovo da moratória sobre mísseis de médio alcance, aumentando o risco de uma nova corrida ao armamento.
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