A medida, anunciada pelo Presidente norte-americano nas redes sociais, insere-se numa estratégia mais ampla de pressão económica para isolar a Rússia e penalizar os países que mantêm laços comerciais com o Kremlin.
Trump declarou de forma inequívoca: "Como consequência, vou aumentar substancialmente as tarifas que a Índia paga aos Estados Unidos". A justificação para esta ameaça assenta na visão de que a Índia não só adquire "grandes quantidades de petróleo russo", como também o revende "no mercado aberto com lucros enormes", ignorando as consequências do conflito na Ucrânia. Segundo Trump, o governo indiano "não se importa com quantas pessoas na Ucrânia estão a ser mortas pela máquina de guerra russa".
A Índia, que é o terceiro maior importador de petróleo bruto do mundo, adotou uma postura que descreve como neutra e pragmática, aproveitando os descontos oferecidos por Moscovo para fazer da Rússia o seu principal fornecedor. O governo indiano defendeu a sua política como uma decisão de "interesse nacional" que contribui para a estabilidade energética global. Esta ação de Trump demonstra o uso da política comercial como uma ferramenta de política externa, visando impor sanções secundárias e forçar o alinhamento dos parceiros comerciais com os objetivos estratégicos de Washington no contexto da guerra na Ucrânia.