O pacto, selado sob a pressão da administração Trump, impõe uma tarifa de 15% sobre a maioria das exportações europeias e obriga a UE a comprometer-se com a compra de produtos energéticos e a realizar avultados investimentos nos EUA.
A decisão de suspender as contramedidas legais confirma a aceitação do acordo por parte do bloco europeu.
A negociação expôs profundas divisões internas na UE.
Países com grandes excedentes comerciais com os EUA, como a Alemanha e a Itália, pressionaram por um entendimento para proteger as suas economias, enquanto a França considerou o resultado uma "rendição".
O sentimento geral em alguns círculos diplomáticos foi de humilhação, com o episódio a ser apelidado de "Dia da Humilhação". A situação da Suíça, que não pertence ao bloco mas enfrenta a ameaça de tarifas de 39%, ilustra a abrangência da política comercial agressiva de Trump, forçando Berna a procurar uma proposta "mais atrativa" para apresentar a Washington. A forma como o acordo foi alcançado, com os líderes europeus a cederem à pressão num encontro num clube de golfe de Trump na Escócia, reforçou a perceção de uma Europa enfraquecida e sem uma estratégia coesa para lidar com o unilateralismo norte-americano.