Contudo, o líder norte-americano sublinhou a sua preocupação com a crise humanitária no enclave palestiniano.
A administração Trump tem mantido uma posição cautelosa em relação aos planos de Israel para uma ocupação militar total da Faixa de Gaza, remetendo a decisão final para o governo de Benjamin Netanyahu. "Não posso realmente dizer nada [sobre o plano de ocupação militar total de Gaza].
Isso dependerá em grande parte de Israel", afirmou o Presidente norte-americano.
Esta postura surge num contexto de alegadas divisões profundas entre Netanyahu e as chefias militares israelitas, que se opõem a uma ocupação completa devido aos riscos para os cerca de 50 reféns israelitas ainda detidos pelo Hamas.
O foco principal da Casa Branca, segundo Trump, está na situação humanitária.
"Os Estados Unidos doaram recentemente 60 milhões de dólares para fornecer alimentos ao povo de Gaza, que obviamente não está a atravessar um bom momento em termos alimentares", destacou, assegurando que tanto Israel como os países árabes irão ajudar na distribuição.
A crise dos reféns foi agravada pela recente divulgação de um vídeo pelo Hamas mostrando o refém Evyatar David em estado debilitado.
Trump descreveu as imagens como "horríveis" e expressou esperança de que fossem amplamente vistas.
A posição da administração reflete um equilíbrio delicado entre o apoio a um aliado estratégico e a crescente pressão internacional face à catástrofe humanitária, com o Conselho de Segurança da ONU a reunir-se para debater a situação.