A medida insere-se numa política protecionista mais ampla que afeta múltiplos parceiros comerciais dos EUA.
As novas tarifas entraram em vigor a 7 de agosto, com uma taxa geral de 15% sobre as importações da União Europeia, conforme acordado num pacto político a 27 de julho. Este acordo, que evitou uma taxa inicial de 30% proposta por Washington, inclui também o compromisso de alcançar "tarifas zero" numa série de produtos e isenções para setores chave como "produtos farmacêuticos, automóveis e semicondutores". Em contrapartida, a UE comprometeu-se a realizar investimentos significativos na economia norte-americana, incluindo a compra de energia no valor de 750 mil milhões de dólares e um aumento nas aquisições de material militar.
A Comissão Europeia, através do seu porta-voz para o comércio, Olof Gil, manifestou a expectativa de que os EUA cumpram o seu lado do acordo “o mais rapidamente possível”, aguardando novas ordens executivas da Administração Trump para formalizar as isenções.
No entanto, a estabilidade do acordo permanece frágil.
O próprio Donald Trump ameaçou aumentar as tarifas para 35% caso a promessa de investimento de 600 mil milhões de dólares por parte da UE não se concretize. Perante este cenário, a UE suspendeu as suas medidas de retaliação, mas deixou claro que estas podem ser reativadas a qualquer momento, refletindo a incerteza e a desconfiança que pairam sobre as relações comerciais transatlânticas.