Esta postura reflete uma abordagem de não-intervenção direta, embora a Casa Branca rejeite publicamente qualquer anexação do território. A posição da Casa Branca foi clarificada num momento de intensa deliberação em Israel, onde o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu enfrenta a oposição de altos quadros militares, incluindo o chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, que alertam para os riscos de uma ocupação prolongada. A Administração Trump afirmou que o presidente acredita que a decisão “dependerá em grande parte de Israel”, sinalizando que não se opõe ao plano militar, mas que rejeita qualquer tentativa de anexar formalmente o território de Gaza. A postura do presidente norte-americano parece ter endurecido após a divulgação de um vídeo de propaganda do Hamas que mostrava um refém israelita “visivelmente subnutrido e forçado a cavar a sua própria cova”.
Segundo uma das fontes, após ver as imagens, Trump terá mudado de ideias e decidido “deixar os israelitas fazerem o que têm a fazer”. Esta abordagem é criticada num dos artigos editoriais, que lamenta que as “evidências da fome em Gaza que vemos nas televisões e nos jornais não foram bastantes para obrigar Trump a retirar o apoio ao seu aliado opressor e a forçar a entrada de ajuda humanitária na região”.
A posição dos EUA é, assim, vista como um fator que permite a Israel prosseguir com os seus planos militares sem uma pressão externa significativa por parte do seu principal aliado.