Estas medidas, utilizadas como instrumento de pressão económica e diplomática, geraram reações globais e debates sobre a sua eficácia e legalidade.
A estratégia tarifária de Trump está intrinsecamente ligada aos seus objetivos de política externa, nomeadamente pressionar a Rússia a negociar um cessar-fogo na Ucrânia.
A administração ameaçou com sanções secundárias os países que compram produtos energéticos russos, tendo já aplicado uma tarifa de 25% à Índia. O Brasil também foi visado com sobretaxas de 50% sobre grande parte das suas exportações, numa ação que a organização Repórteres Sem Fronteiras classificou como uma "instrumentalização da liberdade de expressão" para justificar as sanções. A União Europeia, por sua vez, chegou a um acordo para uma tarifa fixa de 15%, comprometendo-se a aumentar as compras de energia e armamento americanos. No caso do Japão, Washington admitiu ter cometido um "erro" ao adicionar uma taxa de 15% sobre as já existentes, em vez de aplicar a tarifa padrão de 15% acordada. O economista e prémio Nobel Paul Krugman, citado num dos artigos, critica esta abordagem, argumentando que a isenção do sumo de laranja brasileiro das tarifas prova que são os consumidores americanos, e não os exportadores, que acabam por pagar o custo, sinalizando os limites do poder de Trump para "mandar no mundo".
As Nações Unidas classificaram estas ações como uma "notícia desanimadora", alertando que "todas as guerras comerciais são ruinosas".