A sugestão de que um acordo de paz poderia incluir "trocas de territórios" foi recebida com forte oposição por parte da Ucrânia e dos seus aliados europeus.

A perspetiva de um encontro bilateral entre Trump e Putin, excluindo inicialmente o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, dominou a cobertura noticiosa.

Zelensky rejeitou firmemente qualquer cedência territorial, afirmando que "os ucranianos não entregarão suas terras aos ocupantes" e que qualquer decisão tomada sem a participação de Kiev seria uma "decisão contra a paz" e "nasce morta". Em resposta à crescente pressão, a Casa Branca admitiu considerar um convite a Zelensky para se juntar ao encontro, uma possibilidade que o ministro da Defesa da Polónia, Władysław Kosiniak-Kamysz, considerou provável, afirmando que um cessar-fogo estava "mais perto do que nunca".

A diplomacia europeia mobilizou-se rapidamente, com os líderes de França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Polónia, Finlândia e da Comissão Europeia a emitirem uma declaração conjunta.

Defenderam que "só uma abordagem que combine diplomacia ativa, apoio à Ucrânia e pressão sobre a Federação Russa" poderá ter sucesso, insistindo que o futuro da Ucrânia não pode ser decidido sem os ucranianos. O Presidente francês, Emmanuel Macron, reforçou que "os europeus também farão necessariamente parte da solução, porque a sua segurança depende disso".

A reunião, agendada para 15 de agosto, foi vista por alguns comentadores como uma reaproximação dos EUA à Rússia num momento de fragilidade para Zelensky, enquanto outros destacaram a importância de manter a pressão sobre Moscovo.