A medida foi classificada por Caracas como "ridícula" e "patética", sendo vista como uma manobra de distração política.
A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, anunciou a decisão num vídeo, afirmando que Maduro "é hoje um dos maiores narcotraficantes do mundo e uma ameaça à segurança nacional" dos Estados Unidos.
Bondi alegou que a agência anti-narcotráfico (DEA) apreendeu 30 toneladas de cocaína ligadas a Maduro e aos seus parceiros, representando uma fonte primária de rendimento para "cartéis assassinos". A recompensa de 50 milhões de dólares (cerca de 43 milhões de euros) coloca Maduro ao nível de figuras como Osama bin Laden. Esta ação insere-se numa estratégia mais vasta que inclui a designação do cartel venezuelano "De los Soles" como uma organização terrorista estrangeira, com Maduro apontado como seu líder.
A reação do governo venezuelano foi imediata.
O ministro das Relações Exteriores, Yvan Gil, descreveu a recompensa como "a cortina de fumo mais ridícula que já vimos" e uma "manobra de distração desesperada para fugir das suas próprias misérias", numa aparente alusão a questões internas da política norte-americana. Esta escalada de tensão reflete a contínua recusa de Washington em reconhecer a legitimidade do governo de Maduro, reeleito em janeiro numa votação considerada fraudulenta pela oposição e por grande parte da comunidade internacional.













