A cimeira, agendada para 15 de agosto, representa uma iniciativa diplomática de alto risco da administração Trump, que prometeu resolver o conflito em 24 horas. A controvérsia adensou-se com a sugestão de Trump de que um acordo poderia envolver uma "troca de territórios", uma ideia prontamente rejeitada pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que afirmou que quaisquer decisões tomadas sem a Ucrânia estarão "mortas à partida". Zelensky teme que a reunião resulte num acordo que force Kiev a ceder território, apelando a Trump para "não ceder a exigências de Putin".

A exclusão dos parceiros europeus também gerou uma forte reação, levando à convocação de uma reunião de emergência dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, sublinhou que "em caso algum se pode aceitar que as questões territoriais sejam discutidas, ou mesmo decididas, entre a Rússia e os Estados Unidos sem consultar os europeus e os ucranianos".

A escolha do Alasca, um antigo território russo, foi igualmente notada como simbolicamente significativa.

Em antecipação à cimeira, o Centro Ucraniano de Combate à Desinformação prevê um aumento da propaganda russa, com o objetivo de promover a "falsa narrativa de que a Ucrânia está relutante em procurar a paz".