A medida desencadeou uma forte reação diplomática do governo brasileiro, que a classificou como um "novo ataque frontal à soberania" do país e convocou o encarregado de negócios dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos. Durante a reunião, a diplomacia brasileira expressou a sua "total rejeição às repetidas interferências do governo norte-americano nos assuntos internos do Brasil".

A estratégia de Trump, que parece ter como objetivo pressionar o sistema judicial brasileiro, poderá ter tido um efeito contrário ao pretendido.

Analistas referem que a imposição de tarifas, em vez de enfraquecer o governo de Lula, acabou por gerar uma onda de patriotismo e unificar diferentes setores da sociedade brasileira contra a ingerência externa, fortalecendo a posição do atual presidente. Este episódio ilustra a forma como a administração Trump utiliza ferramentas de política comercial para exercer pressão política sobre outros países, interligando economia e diplomacia de uma forma pouco convencional.