Estas ações, que incluem a demissão de altos funcionários e investigações a opositores, levantam preocupações sobre a consolidação de um poder executivo com poucos travões institucionais. Analistas descrevem o período como um "realinhamento completo do poder", comparando a situação a um "autoritarismo competitivo" semelhante ao de países como a Hungria. As ações da administração têm sido vistas como uma tentativa de consolidar o poder e silenciar críticas.

Exemplos concretos desta tendência incluem a demissão do comissário da Autoridade Tributária (IRS) apenas dois meses após a sua tomada de posse, num cargo com um mandato previsto até 2027.

Outro exemplo é a abertura de uma investigação pelo Departamento de Justiça à procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, que liderou um processo bem-sucedido por fraude contra Trump e as suas empresas.

Esta medida é vista por alguns como uma retaliação política.

Para além das ações contra indivíduos e instituições, a presidência de Trump tem sido caracterizada por quebras simbólicas com a tradição, como a remoção dos retratos dos seus predecessores imediatos de locais de destaque na Casa Branca. Segundo alguns especialistas, instituições como o Supremo Tribunal e o Congresso parecem "não estar dispostos a impor restrições", deixando a sociedade civil como o "único travão de verdade" ao poder de Trump.