A abordagem dos EUA tem gerado tensões diplomáticas, com altos funcionários a culparem aliados europeus pelo fracasso das negociações de paz.

O vice-presidente JD Vance afirmou categoricamente que Washington "não tem planos" para reconhecer um Estado palestiniano, declarando que a prioridade atual em Gaza é "erradicar o Hamas".

Esta posição reflete um alinhamento total com a estratégia do governo israelita.

A administração Trump tem também atribuído responsabilidades a parceiros europeus pelo impasse diplomático.

O secretário de Estado, Marco Rubio, culpou o Presidente francês, Emmanuel Macron, pelo colapso das negociações entre Israel e o Hamas, argumentando que o anúncio da França sobre o reconhecimento do Estado da Palestina foi interpretado pelo Hamas como uma vitória, desincentivando qualquer compromisso. Durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir o plano de Israel de ocupar militarmente a cidade de Gaza, os Estados Unidos defenderam o "direito" de Israel de decidir o que é necessário para a sua segurança, contrastando com a posição de outros membros permanentes, como a Rússia, China, França e Reino Unido, que questionaram o plano. Esta postura isola frequentemente os EUA dos seus aliados tradicionais e reforça a perceção de um apoio incondicional a Israel, independentemente das críticas internacionais.