A iniciativa diplomática de Donald Trump visa um cessar-fogo rápido, mas a ausência inicial de Volodymyr Zelensky e as propostas de cedências territoriais causam preocupação em Kiev e na Europa. A cimeira agendada para 15 de agosto no Alasca marca o primeiro encontro presencial entre Donald Trump e Vladimir Putin desde junho de 2019 e representa um esforço diplomático direto para terminar o conflito na Ucrânia. A iniciativa foi saudada pelo primeiro-ministro português, Luís Montenegro, que publicou na rede social X: “Saudamos os esforços do Presidente Trump para pôr fim à guerra de agressão da Rússia e alcançar uma paz justa e duradoura e segurança para a Ucrânia”. No entanto, a abordagem de Trump, que sugeriu uma “troca de territórios”, foi rejeitada pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Fontes ocidentais indicam que Kiev poderá aceitar a perda de territórios já controlados pela Rússia, mas recusa ceder áreas que ainda domina, uma condição que Zelensky terá comunicado a líderes europeus. A União Europeia, embora apoie o diálogo, reiterou que uma paz duradoura deve respeitar a “independência, soberania, integridade territorial e a proibição de alterações das fronteiras internacionais pela força”, sublinhando que “o caminho para a paz na Ucrânia não pode ser decidido sem a Ucrânia”.

Para coordenar uma frente comum, o chanceler alemão, Friedrich Merz, convocou uma reunião virtual prévia com Trump, Zelensky, o secretário-geral da NATO e vários líderes europeus.

A Rússia, por sua vez, mantém as suas exigências, que incluem a cedência de quatro regiões parcialmente ocupadas e da Crimeia, e a renúncia da Ucrânia a qualquer intenção de adesão à NATO, condições consideradas inaceitáveis por Kiev.