A decisão, confirmada por Pequim, surge após várias rondas de negociações e declarações otimistas de ambos os lados sobre o progresso do diálogo.

A pausa tarifária, inicialmente acordada em Genebra, estava prestes a expirar, o que levaria à reintrodução de taxas alfandegárias que poderiam atingir 145% sobre produtos chineses nos EUA e 125% sobre bens americanos na China. A extensão da trégua foi o resultado esperado após rondas negociais em Estocolmo, Genebra e Londres, que visaram evitar uma nova escalada na guerra comercial.

O Presidente Donald Trump expressou confiança no andamento das conversações, afirmando que estavam a correr “bastante bem” e que a sua relação com o Presidente Xi Jinping era “muito boa”.

Do lado chinês, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros manifestou o desejo de um “resultado positivo com base na igualdade, no respeito e no benefício mútuo”. Apesar do clima de cooperação, persistem pontos de tensão. Trump instou a China a quadruplicar as suas compras de soja norte-americana, e Washington considerou a possibilidade de sancionar Pequim pela importação de petróleo russo, uma medida que poderia comprometer as negociações. A China, por sua vez, defendeu o seu direito de manter relações comerciais com os seus parceiros e rejeitou a pressão norte-americana, num contexto geopolítico complexo marcado pela iminente cimeira entre Trump e Putin.