A iniciativa reflete a preocupação de que um acordo bilateral entre Washington e Moscovo possa ser prejudicial aos interesses de Kiev e à segurança europeia.

Perante o anúncio da cimeira no Alasca, a União Europeia agiu rapidamente para formar uma frente unida.

A alta representante para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, convocou uma reunião de emergência dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, que resultou numa declaração de apoio ao diálogo, mas com uma condição clara: “O caminho para a paz na Ucrânia não pode ser decidido sem a Ucrânia”.

A Hungria foi o único Estado-membro a não subscrever a declaração.

Numa iniciativa paralela, o chanceler alemão, Friedrich Merz, organizou uma reunião virtual que juntou Donald Trump, Volodymyr Zelensky, o secretário-geral da NATO e os líderes de França, Reino Unido, Itália, Polónia e Finlândia.

O objetivo foi discutir “outras opções de ação para pressionar a Rússia” e preparar o terreno para as negociações, assegurando que a soberania ucraniana permanecesse central.

Esta intensa atividade diplomática evidencia o receio europeu de ser marginalizado num momento decisivo.

Os líderes europeus, como Kaja Kallas, apelaram à “unidade transatlântica”, sublinhando que a pressão sobre a Rússia é a única forma de terminar a guerra e evitar futuras agressões.