O encontro, que exclui a participação de Kiev e dos líderes europeus, é visto como um momento crucial que poderá redefinir o equilíbrio geopolítico. O encontro de sexta-feira ocorre num contexto de intensificação militar russa, com as suas forças a realizarem o maior avanço em território ucraniano em mais de um ano, dias antes das negociações.
Para coordenar uma posição comum, o chanceler alemão, Friedrich Merz, convocou uma videoconferência prévia entre Trump, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e líderes europeus, incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa.
Antes desta reunião, Trump descreveu os líderes europeus como "pessoas maravilhosas que querem chegar a um acordo". A Casa Branca, através da porta-voz Karoline Leavitt, procurou moderar as expectativas, afirmando que a cimeira servirá para Trump "obter uma melhor compreensão de como podemos acabar com esta guerra", descrevendo-a como um "exercício de escuta", dado que apenas uma das partes estará presente. Do lado russo, as exigências para um cessar-fogo permanecem firmes: o reconhecimento dos territórios invadidos e a garantia de que a Ucrânia não aderirá à NATO.
Moscovo também desvalorizou os contactos europeus com Trump, acusando a União Europeia, por via do vice-diretor da informação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Alexei Fadeyev, de "sabotar" os esforços de paz entre Washington e Moscovo.
A Ucrânia, por sua vez, teme que o encontro resulte num acordo que a force a ceder território. A postura de Trump permanece ambígua; afirmou que saberá "nos primeiros dois minutos" se um pacto é possível, aumentando a incerteza sobre o desfecho de uma cimeira que poderá resultar num impasse prolongado ou em concessões territoriais significativas.













