A medida gerou fortes críticas por parte das autoridades locais, que denunciam um "impulso autoritário" e contestam a narrativa de insegurança. O Presidente Donald Trump justificou a ação afirmando que a capital se tornou um local de "anarquia completa e total" e que era preciso "livrar-nos dos bairros da lata". Numa conferência de imprensa, declarou que a taxa de homicídios em Washington era superior à de Bogotá ou da Cidade do México, uma alegação que as autoridades locais e as estatísticas oficiais contradizem. Dados da polícia indicam que a criminalidade violenta na cidade está nos seus níveis mais baixos em três décadas.

A presidente da Câmara, Muriel Bowser, classificou a intervenção federal como "perturbadora e sem precedentes", embora tenha garantido que iria cooperar dentro dos limites da lei.

A Human Rights Watch também criticou a medida, considerando-a um "prenúncio de autoritarismo". Trump invocou a Lei de Autonomia do Distrito de Columbia para colocar o departamento de polícia da cidade sob controlo federal, uma medida raramente utilizada. O presidente afirmou ainda que esta operação é "apenas o início" de uma iniciativa maior para "recuperar o controlo" de outras cidades de maioria democrata, como Nova Iorque e Chicago, que acusa de estarem igualmente tomadas pela violência.